– O Sindicato dos Produtores Rurais da Região de Irecê – Sinpri, por meio do Sistema Faeb/Senar, realiza curso de formação para criadores de caprinos e ovinos na comunidade de Capoeira da Serra, em Central –
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
Alinhar saberes e consolidar práticas que possam ampliar os bons resultados para a caprinovinocultura, facilitando o trabalho e aumentado a lucratividade dos criadores, são os principais objetivos do curso que está sendo realizado na comunidade de Capoeira da Serra no município de Central. A formação teve início nesta segunda-feira, 22 e termina nesta quarta-feira, 24. No total são 24 horas de aulas teóricas e práticas.
Para a veterinária Uila Alcantara, supervisora técnica do Senar, “a reserva estratégica é fundamental para quem produz no semiárido. Fazendo reservas para os períodos de escassez o produtor se prepara para a épocas secas do ano, evitando perdas diretas e indiretas e garante produtividade e melhor lucratividade”, afirma.
O curso está sendo ministrado pelo consultor Edgar Caetano, e os criadores participantes, fazem parte do grupo que recebe assistência técnica pelo sistema Faeb/Senar/Sindicato Rural de Irecê, por força do convênio com o programa Agronordeste, do Ministério da Agricultura, por meio do técnico William Cavalcante.
De acordo com a proposta da formação é recomendado aos criadores do semiárido, estabelecer nas propriedades a cultura de se ter a reserva estratégica, de modo a garantir a alimentação do rebanho e o sustento do produtor.
Conforme as orientações de Edgar Caetano, a palma forrageira, o capim bufel, a maniçoba, a pornunça, a leucena e a gliricídia são algumas plantas que podem ser utilizadas para a formação de forragem. “É preciso que o produtor se atente para a forma correta do manejo de cada uma das opções de plantas forrageiras, tendo em vista que algumas são anuais e outras, perenes”, diz.
O professor recomenda que a primeira plantação de forragem seja de uma cultura anual, já as plantações seguintes, podem ser de culturas perenes, como a palma forrageira e a maniçoba.
É importante que o material seja colhido na época da chuva, quando ainda está verde e com mais qualidade, para ser armazenado na forma de forragem ou silagem. Também pode ser adotada a técnica do pastejo diferido, cercando uma parte da área de capim ao final do período chuvoso, impedindo a entrada de animais e deixando aquela área reservada para o período seco.
Nesse processo, o planejamento é fundamental. O produtor precisa saber o tamanho do seu rebanho para calcular a quantidade de forragem que será necessária, bem como a área que deve ser disponibilizada para a plantação. Entre as vantagens da preparação para o enfrentamento da seca, o produtor pode identificar a diminuição da mortalidade dos animais e a economia em relação à compra de ração.