Evento baiano acontece de forma virtual, de 24 a 27 de março, e tem nomes nacionais e internacionais, como Goya Lopes, Rosane Borges, Bel Santos, Ailton Krenak, Alberto Acosta, Gusti Rosemfet e Ousman Umar, entre os convidados.
DA REDAÇÃO I Nilma Gonçalves/Jornalista
É possível o mundo sem fronteiras? Quem sou e quem é o outro neste mundo? Em que medidas somos iguais e diferentes? Como é viver nas bordas? De que forma a pandemia nos aproximou e nos distanciou? Estas são apenas algumas das indagações que serão tratadas durante a Festa Literária Internacional VivaLivro – Literatura como Acolhimento, evento online e gratuito, que acontece de 24 a 27 de março. A programação completa está no site www.festavivalivro.org onde também é possível realizar as inscrições.
Organizado pela Solisluna Design Editora, em parceria com o Instituto Emília, o projeto tem o apoio financeiro do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e da Fundação Pedro Calmon (Programa Aldir Blanc Bahia), via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
A curadoria fica a cargo de Valéria Pergentino, sócia-fundadora da Solisluna, e de Dolores Prades, diretora do Instituto Emília. Entre os objetivos do evento estão promover a leitura de obras literárias que abordam temas como migração, diversidade cultural, identidade e outras histórias escritas sobre diferenças, bem como divulgar livros e autores que tratam das questões-chave de visibilidade.
“A Festa Literária VivaLivro nasce da vontade de qualificar as experiências de leitura como espaços para pensar a condição humana e do desejo de criar um lugar de aprendizagem, reflexão e acolhimento de todas as diversidades. É um evento produzido aqui na Bahia, com a marca do nosso povo, mas que abarca sentimentos do mundo todo”, destaca Valéria Pergentino. Dolores Prades completa: “Tem também a questão da formação de leitores críticos, ‘desobedientes’ – como diz Graciela Montes, no livro ‘Buscar Indícios, Construir Sentidos’ -, capazes de saber qual é o seu lugar no mundo. E é isso o que a gente pretende discutir na programação”.
Durante quatro dias serão realizadas conversas literárias, oficinas, contação de histórias e feira de livros com lançamentos exclusivos. Entre os convidados, os representantes baianos são a artista Goya Lopes, a educadora Maria Isabel Gonçalves, a pedagoga Cybele Amado (diretora do Instituto Anísio Teixeira); o pedagogo e escritor José Eduardo Ferreira Santos (Acervo da Laje); e a professora e escritora Bárbara Carine (Escola Afro-Brasileira Maria Felipa); a psicóloga Claudia Mascarenhas, a jornalista Mira Silva, a cantora e instrumentista Mariana Caribé; a escritora e blogueira Emília Nuñez; e a pedagoga e escritora Helena Nascimento. Também participam do evento o pensador, escritor e líder indígena Ailton Krenak (MG); a pedagoga Tereza Cristina Rodrigues Villela (SP); a psicóloga, produtora cultural e escritora Neide Almeida (SP); a coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (IBEAC-SP), Bel Santos; a artista plástica e consultora nas áreas de educação e artes, Stela Barbieri (SP); a jornalista e professora Rosane Borges (SP); e o educador, escritor, jornalista, documentarista e etnomúsico Délcio Teobaldo (RJ).
Entre os nomes internacionais estão a peruana Issa Watanabe, ilustradora do premiado livro ‘Migrantes’; a escritora chilena Sara Bertrand, vencedora do New Horizons Award Raggazi Bologna (2017), com ‘A Mulher da Guarda’; o economista equatoriano Alberto Acosta; o escritor e ilustrador argentino radicado na Espanha, Gusti Rosemfet; e o escritor ganês Ousman Umar, um dos nomes mais representativos da atual literatura africana. Radicado em Barcelona desde 2005, Ousman tem sido celebrado em toda a Europa, por conta do livro ‘Trip to the White Country’ (‘Viagem ao País dos Brancos’), no qual narra a dura jornada dos refugiados que saem de suas terras em busca de uma vida melhor em outros países, mas que, na maioria das vezes, encontram a miséria e a morte. O próprio escritor é um refugiado que caiu nas mãos do tráfico internacional de pessoas, mas sobreviveu para contar sua história e ser a voz de quem não teve a mesma “sorte”. Umar abre a Festa Literária.
Em uma das oficinas, Neide Almeida provoca: “Qual o lugar da literatura negra em seu repertório de leitura?”. A outra fica a cargo de Goya Lopes, que ministra aula de Criação de Ilustração. As inscrições para as oficinas são gratuitas, mas as vagas são limitadas.
Os pequenos também têm espaço garantido. A manhã do último dia da Festa, 27, será toda para eles, com contações de histórias realizadas por Mira SIlva (@sementinhapreta), Helena Nascimento (@atrasdaporta), Mariana Caribé (@corrupio) e Emília Nuñez (@maequele).
Concurso literário premia estudantes de escolas públicas
Além das mesas, oficinas e contações de histórias, a Festa VivaLivro realiza o Prêmio Literário ‘Quem eu sou no mundo’, destinado a estudantes da rede pública da Bahia, com idades entre 14 e 18 anos. A inscrição é gratuita e pode ser realizada até 20 de março, no link www.festavivalivro.org/concurso-literario. Cada estudante poderá concorrer com até 5 textos de sua autoria, que deverão ser inéditos (não publicados em livros ou revistas).
Com o tema ‘Quem eu sou no mundo’, o trabalho pode ser escrito em forma de conto, crônica ou poesia, e será submetido a uma comissão julgadora formada por editores, escritores e especialistas em literatura juvenil. As obras selecionadas serão publicadas em formato digital (e-book) e estarão disponíveis para download. Cinco estudantes serão contemplados. Cada um receberá R$500,00, um voucher para acesso ao e-book e 10 exemplares impressos do livro.
“Quem eu sou nos remete a pensar no outro, qual é a minha identidade em relação à comunidade onde estou e no mundo em que vivo. Por isso, escolhemos este tema para o concurso e focamos em jovens, a idade das dúvidas e também das descobertas, dentro e fora de si mesmos”, comenta Valéria Pergentino.
Sobre a Solisluna
A Solisluna Design Editora realiza projetos e ações que sensibilizam e levam à reflexão sobre diferentes realidades e modos de ver esse mesmo mundo. É comprometida com o coletivo e com as questões importantes da nossa sociedade: cultura, inteligência e sensibilidades. Iniciou suas atividades em 1993, e desde sua criação tem se dedicado à projetos sobre expressões artísticas, culturais e históricas; que tratam do patrimônio imaterial, arquitetônico e religioso, do meio ambiente, da pluralidade racial, das diferenças, de questões relacionadas às mudanças sociais e do fazer cotidiano de uma gente singular.
Sobre o Instituto Emília
O Instituto Emília é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) sem fins lucrativos que atua na produção de conteúdo de qualidade e gratuitos, na formação de leitores e na promoção do livro e da leitura. Desde nossa origem, se pauta por uma orientação independente, posta em prática por um grupo de colaboradores voluntários e uma sólida rede de parceiros nacionais e internacionais Seu propósito é formar leitores conscientes de seu papel como agentes de intervenção e transformação social. Isto é, trabalhar a leitura e a escrita como instrumentos de conquista de visibilidade e afirmação de falas e identidades.
SERVIÇO
O que: FESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL VIVALIVRO – LITERATURA COMO ACOLHIMENTO
Quando: 24 A 27 DE MARÇO DE 2021
Onde: YouTube da VIVALIVRO www.youtube.com/festavivalivro.
Programação completa: www.festavivalivro.org
Inscrições gratuitas
Instagram: @festavivalivro
Facebook: /FestaVivaLivro
Contato:
Assessora de Imprensa: Nilma Gonçalves
Email: [email protected]
Telefone/ Whatsapp: (71) 98851-6782