Em curso de alinhamento dos técnicos que atuam em 55 grupos de produtores rurais, em sete cadeias produtivas do Território de Irecê, presidente do sindicato rural destacou a importância dos profissionais que estão promovendo assistência técnica e consultoria para as famílias que atuam na missão que ele considera a mais importante do mundo: produzir alimentos. “Sem a família agricultora as famílias da cidade não comem”.
DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
Alinhamento institucional e dos cálculos dos custos de produção nas atividades agrícolas e pecuárias das propriedades rurais e elaboração do planejamento estratégico das ações, foram os principais objetivos do curso que ocorre durante toda esta semana, realizado pelo Sistema Faeb/Senar, por meio do Sindicato dos Produtores Rurais da Região de Irecê.
A formação teve início na manhã desta terça-feira, 11 e se estende até amanhã, 14, sob a coordenação do técnico Felipe Cabral, do Senar, com suporte dos supervisores Edson Fábio, Uila Alcântara, Tiago Brandão e Leônidas Tavares.
Ao todo são 63 técnicos envolvidos, entre coordenação, supervisão e os profissionais de campo, que atuam em sete cadeias produtivas com foco na pecuária e agricultura, atendendo os municípios do Território de Irecê. Cada técnico assiste 30 famílias, gratuitamente, através do Agronordeste, fruto de parceria do Senar com o Ministério da Agricultura.
“São 1.650 famílias que terão durante dois anos, assistência técnica e consultoria visando a otimização produtiva das culturas e capacitação para diversas habilidades, como gestão comercial da produção” salienta o presidente do sindicato, João Gonçalves.
Felipe Cabral esclareceu que o curso tem como finalidade, além do alinhamento institucional, universalizar o método de cálculo dos custos de produção das diferentes cadeias produtivas e elaborar o planejamento estratégico das ações. “É um momento importante, através do qual passamos a nos conhecer melhor e com os resultados da formação, conhecermos os gargalos e dos desafios dos técnicos no seu dia a dia, de modo a desenvolvermos estratégias resolutivas que possam promover a otimização das ações”, disse.
O presidente do Sindicato Rural, que coordena a base social das atividades do sistema Faeb/Senar na região de Irecê, chamou a atenção da importância do papel dos técnicos para o meio rural. “Vocês estão tendo a oportunidade de mudar paradigmas. Ao longo dos anos, nossos antepassados que lidavam com as propriedades agrícolas mandavam seus filhos estudarem para ‘ser gente’, numa evidente supervalorização das profissões consideradas nobres, centradas no meio urbano, como advogados, médicos, engenheiros para a construção civil, etc… mas é a família agricultura que tem a missão mais importante do mundo e para a vida de todas as pessoas, que é a produção de alimentos. Nenhum doutor, nem o agente político ou empresarial mais poderoso da face da terra vive sem o trabalho das famílias que atuam no campo. Portanto, além de romper os desafios de aceitação da assistência técnica, temos também de romper com este sentimento de desvalorização e estabelecer o sentimento de importância que cada família agrícola tem”, disse o dirigente sindical.
Para ele, os técnicos que participam da formação desenvolvem um papel fundamental para o desenvolvimento da agricultura e da pecuária, enfrentando muitos desafios, de modo que os mesmos precisam de todo o apoio e suporte possível, para que a missão seja cada vez mais impactante na melhoria da vida das pessoas.