Segundo deputado Ricardo Barros (PP-PR), a prisão após condenação em segunda instância foi criada para retirar o ex-presidente Lula (PT) da eleição de 2018
DA REDAÇÃO | Com informações Estado de Minas
Líder do governo Bolsonaro na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), criticou nesta terça-feira (02/01) a prisão após condenação em segunda instância. Em entrevista à Rádio CBN, o deputado afirmou que a medida foi criada para retirar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da eleição de 2018.
“Nunca teve prisão em segunda instância no Brasil. Só teve para prender o Lula e tirá-lo da eleição. Foi um casuísmo”, disse Barros.
Pelas redes sociais, as falas já repercutem. Entre diversos posts, o do líder do partido Novo, que teoricamente é adversário de Lula, chama atenção.
“Diariamente, o governo de Bolsonaro nos lembra na prática como era na época do PT. Infelizmente, pouco mudou”, escreveu João Amoedo.
Prisão de Lula
Lula foi preso em meio à corrida presidencial de 2018. O ex-presidente era apontado como favorito nas pesquisas. Depois de sua prisão, a ascensão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aconteceu.
Ligado à onda anti-petista e ao discurso anti-corrupção, Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil.
A prisão de Lula ocorreu no dia 7 de abril de 2018, após o ex-presidente se entregar à Polícia Federal (PF). Ele ficou preso até o dia 8 de novembro de 2019, completando 580 dias de prisão.
Lula é acusado de ser o proprietário oculto de um apartamento tríplex no Guarujá, o que fez ele se tornar réu na Operação Lava-Jato.
A denúncia estava relacionada a três contratos da OAS com a Petrobras e afirmava que 3,7 milhões de reais em propinas foram pagas ao ex-presidente.
Lava-Jato
A prisão após condenação em segunda instância foi fortemente defendida pelo ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro e pelos procuradores da Lava-Jato.
Na segunda-feira, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou públicas mensagens trocadas entre Moro, Dallagnol. As mensagens apontam um conluio para condenar o ex-presidente.