Juiz impõe multa diária de R$ 200 mil para cada policial federal envolvido em ação contra empresa investigada por explorar madeira ilegalmente no Pará
DA REDAÇÃO | Sputnik News
Em decisão a favor de uma empresa investigada por exploração ilegal de madeira, um juiz federal de Belém (PA) fixou multa diária de R$ 200 mil para cada policial federal envolvido na ação. Ele mandou liberar uma balsa de madeira apreendida.
O juiz Antonio Carlos Campelo aparecia de férias quando assinou as decisões. Ele derrubou entendimento de seu substituto, que havia mandado o caso de volta para o Amazonas, onde seria o juízo competente.
A assessoria do tribunal informou que o juiz cancelou as férias antes do planejado e o site estava desatualizado por problemas técnicos.
O TRF-1 suspendeu, por ora, a decisão de Campelo por entender que a competência do caso é no Amazonas, não no Pará.
Na Polícia Federal, a preocupação é de que outras operações similares sejam anuladas com base nessa, como a que fez a maior apreensão de madeira da história.
A maior apreensão de madeira irregular da história do Brasil
Em dezembro de 2020, a Polícia Federal, na divisa do Pará com o Amazonas, concluiu a maior apreensão de madeira irregular da história brasileira. Foram 131,1 mil metros cúbicos de toras apreendidas – um volume suficiente para construir 2.620 casas.
A operação foi batizada de Handroanthus GLO, que reúne o nome científico do ipê, a árvore mais cobiçada pelos madeireiros na Amazônia, à sigla da Garantia da Lei e da Ordem. Até então, o recorde de apreensão era de 65 mil metros cúbicos de madeira ilegal extraída, também no Pará. O volume, apreendido em 2010, corresponde à metade do novo recorde.