DA REDAÇÃO | Razões para acreditar
O trabalho de conclusão de curso (TCC) de quatro estudantes da Escola Técnica Estadual (Etec) Conselheiro Antônio Prado, em Campinas (SP), com certeza ficará na memória delas para sempre.
Alexa, Aline, Clara e Flora conseguiram desenvolver um absorvente 100% biodegradável, produzido a partir de tecido de algodão, amido de milho e bucha vegetal. O produto tem tempo de decomposição de no máximo seis meses, diferente dos absorventes convencionais, que podem levar 100 anos para desaparecer completamente na natureza.
Os testes do BioAbs, como as alunas batizaram o produto, ainda mostraram que a eficiência desse novo absorvente é tão boa quanto aqueles que as mulheres estão habituadas a comprar todos os meses.
“A proposta era desenvolver algo em cima da resolução de um problema, e a ideia do absorvente partiu delas. Foi uma escolha interessante, uma vez que esse tipo de produto dificilmente a sociedade vai deixar de utilizar, apesar de algumas alternativas já existentes“, comentou Erica Gayego, professora e orientadora do grupo.
Pesquisa de satisfação
As estudantes precisaram testar o novo absorvente e entender o que as mulheres tinham a considerar, antes de vender a ideia para produção em larga escala.
Elas reuniram um grupo de 153 estudantes da mesma escola técnica para usar o BioAbs e a resposta foi bem positiva. Um total de 83% afirmou que usaria o novo absorvente e 17% disseram que talvez apostassem na versão biodegradável. A boa notícia é que ninguém deu opinião negativa para o produto.
Premiação
O projeto do BioAbs foi inscrito no Prêmio Inovar Solvay Rhodia e conquistou o segundo lugar. O vencedor foi um aluno da mesma escola técnica, que desenvolveu um biorreator que ajuda a reduzir a poluição atmosférica.