DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade
Em um ano eleitoral atípico, marcado por seguidas mudanças de regras através de resoluções do Tribunal Regional Eleitoral em razão da Pandemia da Covid-19, o planejamento das diferentes disputas foi alterado com bastante frequência, o que pode ter inclusive influenciado em alguns resultados.
A Praça do Feijão em Irecê, se tornou o palco oficial dos “pintinhos amarelinhos” desde a primeira eleição do prefeito Elmo Vaz em 2016. Este ano não foi diferente. Uma grande onda amarela invadiu a praça para comemorar a vitória do prefeito que foi conduzido nos braços do povo durante as comemorações.
Elmo obteve uma votação histórica. A maior frente de todos os tempos, passando a barreira dos 20 mil votos dedicados a um candidato. Ele enfrentou Luizinho Sobral e Leo da Unibel, que obtiveram pouco mais de 14.900 e 950 votos respectivamente.
Os mais de 5.500 votos de frente de Elmo contra o sobralista representam diversos comunicados a diferentes setores sociais e políticos da região de Irecê. Leia texto assinado por João Gonçalves.
MULUNGU DO MORRO
No município de Mulungu do Morro, por exemplo, o grupo político liderado por Neto Games, que teve Acácio Teles como candidato a prefeito, teve uma semana de eventos assegurados, enquanto o último evento do grupo governista, liderado pelo prefeito Fredson Cosme, que teve Edimário Boaventura como candidato, por pouco não desistia do evento de encerramento da campanha, em razão da penúltima resolução do TRE. Edimário ganhou por apenas 38 votos de frente.
BARRA DO MENDES
Em Barra do Mendes, pela primeira vez na história, um opositor ganhou, ao longo de 62 anos de emancipação política e administrativa do município. Os governistas foram sacudidos pela revolta do povo, que não aguentou a onda de corrupção patrocinada pelo grupo governista. Tonho de Napo ganhou de Erick Gilliard com uma frente jamais imaginada pelos eleitores mais otimistas: Tonho obteve 6.571 e Erick 2.909, votos.
Os eleitores de Presidente Dutra reconduziram o ex-prefeito ‘Robertão’ Alves de Souza para o comando do governo, a partir do dia 1º de janeiro. Com mais de 59% dos votos, confirmando todas as tendências de pesquisas eleitorais. Ele venceu o professor Pedro Rocha, que apesar das boas referências pessoais, se permitiu ser seduzido pela proposta de campanha focada no discurso do ódio e da mentira, sem construir propostas claras para o povo. Lá, as urnas anunciaram: Robertão com 5.516 e Pedro Rocha 3.757 votos. Uma frente de 1.759 votos.
O prefeito Hipólito, de São Gabriel, confirmou os indicadores da pesquisa realizada pelo Cultura&Realidade e foi reeleito com 7.150 votos contra 5.322 votos de Ninho de Enock.
A prefeita de Cafarnaum, Sueli Novais, que realizou uma das gestões mais produtivas da história do município, do ponto de vista de obras e serviços realizados, por pouco não perde a eleição em razão da má gestão política e comunicacional durante o transcorrer do governo. Ela teve 5.809 votos e Wilson Mancambira, ex-prefeito, obteve 5.692.
A cidade de Canarana manteve o projeto político liderado por Zeni, que ocupa o posto de prefeito pela quarta vez a partir de janeiro. Ele obteve 6.372 votos, a vereadora Marleide 5.595 e o terceiro colocado, Elzimar Dourado, 3.405.
O desmantelo político das oposições em Uibaí, ocorrido às vésperas das eleições de 2016, ainda refletiram nas eleições deste ano, o que facilitou a campanha do habilidoso articulador prefeito Ubiraci Levi (Birinha) que navegou com facilidade nas eleições deste 15 de novembro, sendo reeleito com mais de 64% dos votos válidos. Ele obteve 5.914 votos contra 2.744 de João Borges e 364 da terceira via articulada pelo PSOL, através de Raimundo da Quixabeira.
Em Jussara, Tacinho, como apontado nas pesquisas divulgadas antes da semana eleitoral, confirmou nas urnas o seu favoritismo e ganhou a eleição contra Thiago de Maristela, que cresceu muito durante a campanha, mas não deu para estabelecer a virada pretendida pelo prefeito Hailton Dias. Tacinho foi eleito com 5.687 votos e Thiago obteve 5.115 votos, uma diferença de 572 votos.
O novo prefeito de João Dourado é Di Cardoso, que se tornou candidato depois da morte do prefeito Dr. Celso Loula, que disputaria a reeleição, teve uma campanha que oscilou inicialmente na liderança contra seu opositor Juninho, até que se firmou à frente, mantendo-se na dianteira, mesmo com pequena frente, até vencer as eleições com 7.635 votos, contra 6.959 de Juninho.
A prefeita de América Dourada, após sofrer agudos ataques de seus adversários, em razão do pífio desempenho no cargo de prefeita, chegou a anunciar renúncia da candidatura à reeleição. Mas tudo não passou de um teatro dirigido pelo seu líder político e esposo Agnaldo Lopes, para desviar o peso das críticas à gestão. Posteriormente ela desistiu da renúncia da candidatura e disputou a eleição contra Rosemário, Fernandão e Joelson. Perdeu. O prefeito em América Dourada, pela terceira vez, a partir de janeiro, será Joelson Cardoso do Rosário, que obteve 5.360 votos contra 190 de Rosemário, 794 de Fernandão e 3.745 de Rose Dourado.
A cidade de Barro Alto viveu momento emocionantes nas disputas das eleições deste ano. O jovem Dadê deu um calor danado ao prefeito Orlando Amorim, que vai para o seu quarto mandato. Ele recebeu 4.446 votos contra 4.358 de Dadê, que só não virou o jogo por conta de detalhes de campanha. Diversas ações foram barradas pela visão miúda do seu vice Bilay e de alguns candidatos a vereadores com rastros políticos duvidosos.
O prefeito Demóstenes renovou o seu mandato por mais quatro anos. Ele se apresentou favorito em todas as pesquisas e na reta de chegada de campanha, abocanhou os indecisos, promovendo mais uma derrota ao clã Beto Lelis. Em Ibipeba o resultado das eleições apresenta o seguinte cenário: Demóstenes 5.959 votos, Dr. Israel Lelis 4.770 votos e o terceiro colocado, o petista Danilo Chagas 359 votos.
IBITITÁ
A ex-tesoureira e prima do prefeito Cafu Barreto, será a prefeita da cidade a partir de janeiro. Ela foi eleita com pouco mais de 51% dos votos, contra Afonso Mendonça, que chegou a quase 49% dos votos válidos.