DA REDAÇÃO | G1
A Bahia fechou 17.033 postos de trabalho com carteira assinada em maio de 2020. O boletim foi divulgado, nesta segunda-feira (29), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), que usa os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).
De acordo com o Novo Caged, os números são resultado da diferença entre 24.664 admissões e 41.697 desligamentos ocorridos em maio. Eles foram superiores ao mês de abril, quando 32.482 postos celetistas foram fechados.
Por outro lado, o resultado ficou abaixo do registrado em maio de 2019, quando 2.540 postos de trabalho foram criados no estado. O Novo Caged emprega dados do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), do Empregador Web e do antigo Caged.
Comparação com outros estados
Em maio, a Bahia ficou na 9ª posição em relação a geração de posições celetistas dentre os estados nordestinos e a 21ª colocação dentre todos os estados brasileiros, informou a SEI. A secretaria acrescenta que a crise provocada pela Covid-19 se desdobrou por todo o país e apenas o Acre teve números positivos, com a criação de 130 postos de trabalho em maio.
No Nordeste, a Bahia foi acompanhada pelo Ceará (-9.476 postos), Pernambuco (-6.952 postos), Sergipe (-3.410 postos), Paraíba (-3.405 postos), Piauí (-3.359 postos), Rio Grande do Norte (-3.027 postos), Alagoas (-2.372 postos) e Maranhão (-1.238 postos).
Acumulado no ano
De janeiro a maio, a Bahia registra acumulado de menos 56.218 postos de trabalho, 8ª posição no Nordeste e 22º lugar em todo Brasil. Os números são diferentes do registrado em 2019, quando o estado, no fechamento do ano, exerceu a liderança na geração de posições celetistas no Nordeste, com a criação de 30.858 postos. A perda de locais de trabalho nos cinco primeiros meses de 2020 já superou o ganho do ano de 2019, acrescentou o estudo.
No Nordeste como todo, houve redução de 248.635 postos e, no país, de 1.144.875 de janeiro a maio deste ano.
Por função
Apenas os serviços domésticos, que não registraram saldo, e administração pública, que ficou com mais 1.305 postos de trabalho, não tiveram saldo negativo em maio. Todos os outros segmentos contabilizaram perdas: indústria geral (-4.834 postos), comércio (-4.176 postos), alojamento e alimentação (-3.796 postos), informação, comunicação e outras atividades (-2.159 postos), construção (-1.703 postos), transporte, armazenagem e correio (-1.278 postos), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-206 postos) e outros serviços (-186 postos).